segunda-feira, 28 de julho de 2008

Um pouco de Solidariedade

Hoje, a pedido de uma Grande Amiga vou fazer a publicaçao de um post solidário, o objectivo é tentar fazer o máximo de publicidade deste caso, para que se possa fazer justiça.
Infelizmente para as grandes empresas, o vida de um mero funcionário é completamente indiferente.....e infelizmente a justiça Portuguesa nada fez para ajudar a familia que se encontra numa situaçao extremamente complicada..
Peço-vos a todos vós que continuem, nos vossos blogs a participar nesta divulgaçao, de forma a que se possa fazer justiça e esta familia possa ter uma vida digna.
De seguida deixo-vos a noticia:

"Joaquim Aníbal de Almeida Gaspar, natural e residente na vila da Ericeira (Portugal), nasceu a 6 de Maio de 1953. Joaquim Gaspar foi tripulante durante sete anos do navio de cruzeiro Black Watch, da companhia norueguesa Fred.Olsen Cruise Lines (com sede em Inglaterra).
Há cinco anos atrás, no dia 2 de Fevereiro de 2003, sofreu um AVC e um ataque cardíaco em plena hora de trabalho, enquanto montava uma cabine. Foi levado para a enfermaria inconsciente. Quando acordou, não falava, não sabia onde estava e com um braço paralisado e uma perna a arrastar mediram-lhe a tensão arterial. De seguida fecharam-no no camarote sem lhe prestar mais assistência médica.
Como o navio se encontrava no meio do Pacífico e Joaquim Gaspar “era apenas mais um trabalhador” português, não chamaram um helicóptero para o evacuar. “Não valia a pena”.
Passados 15 dias o navio chegou a Papeete (Tahiti), onde resolveram enviar Joaquim Gaspar de taxi e sozinho para o hospital, porque o médico do navio optou ir para a praia.
Entretanto a família estranhou a falta de notícias e telefonou para o navio, tendo sido informados por um colega de trabalho que ele estava hospitalizado. Permaneceu no Tahiti um mês até estar em condições de viajar para Portugal. Na viagem veio acompanhado por um paramédico do hospital do Tahiti. A companhia nunca falou com a família nem procurou saber como se encontrava o tripulante, recusando inclusivé dar-lhe mais trabalho.
A família entretanto pôs o caso em tribunal mas a justiça portuguesa não deu legalidade ao caso alegando que teria de ser resolvido em Inglaterra. Com uma reforma de invalidez de 253,00 € por mês, porque o sindicato norueguês para onde descontava todos os meses nem sequer lhe deu resposta, Joaquim Gaspar não tinha possibilidades para pagar um advogado em Inglaterra. Tinha que trabalhar para sustentar a família. Acabou por falecer vítima de ataque cardíaco percedido de um AVC no dia 1 de Julho de 2008.
A viúva que se encontra doente em tratamento de quimioterapia fica a receber uma pensão de 60% dos 253,00 € mensais e não tem possibilidades de trabalhar.
Estamos no século XXI, na Europa, pertencemos à UE, fala-se todos os dias da falta de direitos humanos em continentes como a Ásia; África; Países Árabes e deixa-se morrer um homem com 55 anos de idade e ninguém faz nada; ninguém assume culpas. Joaquim Gaspar foi um caso de autêntica escravatura humana!"

8 comentários:

Maria disse...

Minha querida Fátima

Este é apenas um caso entre milhares que se passam no nosso país. Na União Europeia. No chamado "mundo civilizado", a que eu chamo "mundo do capitalismo desenfreado".
As pessoas, os seres humanos não contam. Só contam os trabalhadores (e pouco) enquanto podem vender a sua força de trabalho. O resto é treta.
Quais direitos humanos?
Quais direitos dos trabalhadores?
Quais garantias de trabalho?
Quais garantias sociais?
É o Mundo em que vivemos, e que temos de transformar por um Mundo mais justo, mais solidário e mais fraterno...

Obrigada por este post. Infelizmente já não podemos ajudar quem já cá não está...

Um beijo

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Infelizmente isto é o prato do dia :(

Parabéns pelo acto solidário!!!!~

beijinhossssssssss

Tiago Mendes disse...

Isto é de facto triste. Ao vermos um relato destes, que garantias temos acerca do nosso futuro.

Há injustiças humanas gigantes. :(

Beijinhos
Tiago.

Lúcia Laborda disse...

Oie linda! Infelizmente o ser humano está sendo relegado. A vida já não vale mais nada, ou seja cada pessoa vale pelo que tem e não pelo que é. Que mundo é esse que vivemos? Será que realmente, fazemos jus a palavra humanos? Em certos casos me ponho em dúvida. Aqui não é diferente e a vida tem sido trocada por um par de tênis, ou coisas sem o menor valor.
Triste, porém muito real.
Bom fim de semana! Beijos

Sei que existes disse...

E, infelizmente, este é apenas mais uma situação entre muitas e muitas outras de injustiças que ocorrem por todo o mundo!...
Como trabalhadores, somos apenas números que têm de ser rentáveis para a entidade patronal, só somos considerados pessoas no nosso meio familiar e entre os amigos!
Beijocas grandes

Patrícia disse...

Como é que coisas destas acontecem? Era um ser humano, uma pessoa que tinha de sustentar a família como tantas outras e que acaba por ser escravizada de uma maneira surreal. Enquanto houver gente insensível, a situação não vai mudar. É pena, mas casos destes acontecem praticamente todos os dias, muitas vezes com crianças. Exploração infantil. Infelizmente em pleno século XXI estas coisas acontecem.

Bjs para si =)

João Videira Santos disse...

Triste...inqualificável! Não há palavras que descrevam a revolta!

O Profeta disse...

Ai quem me dera agitar o tempo
Atirar a mágoa à voragem da noite
Arrancar as raízes ao pensamento
Sentir a paz que uma lagoa acolhe


Boa férias


Mágico beijo